Pequenos atos, grandes consequências, um único sentimento devastador capaz de arruinar uma vida inteira

Ela se movia com tamanha graciosidade que o garoto parecia incapaz de desviar seu olhar. Hipnotizado pelos cabelos, pelo corpo, e pelo charme da sonserina que dançava graciosamente pelo salão de festas do castelo. O garoto permanecia parado com um sorriso convidativo nos lábios, chamando-a para se juntar ao seu corpo, desejando-a sem nem mesmo pensar em esconder tão fato. – Não não Tom, terá que vir aqui me buscar se quiser me ter. – Ela riu, sua risada era algo similar a um badalar de sinos de igreja, tão graciosa e ao mesmo tempo tão ousada, Grace parecia ser capaz de qualquer coisa para agradar seu amado, mal sabia ela que em poucos anos o mesmo se tornaria o bruxo mais temido da terra. O garoto se levantou da cadeira e com um sorriso ainda mais amplo que anteriormente agarrou a menina pela cintura, deixou-a cair sobre seus braços e deu-lhe um beijo apaixonado igualmente retribuído por sua amada. Angustiado com seus pensamentos o lorde das trevas se lembrava de um de seus momentos de paz, seu primeiro e único amor, e principalmente da morte de sua amada.

Estava com raiva, havia a visto aos beijos com outro homem e por mais que não tivessem um relacionamento sério era como se suas caricias fossem uma prova de compromisso. Ela espantou-se quando viu o homem aos prantos na beirada da portaria, nunca o vira chorar antes e mal sabia que seria a primeira e a última vez. Dominado pela raiva ele ergueu a varinha e com um movimento breve, algumas palavras e uma boa dose de ódio no coração um lampejo verde saiu da ponta de sua varinha acertando o peito do homem. A garota caiu ajoelhada aos pés de seu amante, apavorada com tamanha crueldade do homem que um dia dizia ser seu amado. Ele ergueu a varinha, a mulher clamou mais uma vez por perdão podendo agora sentir a dor que o homem sentia. Impiedoso como sempre ele o fez, ela caiu ao lado de seu amante, morta.

O lorde das trevas levantou de seu escritório a procura de algo para refrescar suas ideias, mesmo não estando em seu corpo original ele ainda podia senti-la em seus braços, o calor de sua pele, e principalmente a dor da traição e remorso do assassinato, não do homem que lhe trouxera a ruina mas sim de sua antiga amada. E então ele tornou a fazer tamanha crueldade novamente, castigou todos os servos a sua volta com a pior das maldições, não a da morte mas sim a da dor, deixou-os loucos até enfim se sentir um pouco aliviado, ele voltou ao seu escritório insatisfeito, voltara a sentir o peso em suas costas, o garoto da profecia, precisava encontra-lo e enfim destruí-lo, ele sentia-se na necessidade de aliviar-se novamente, e sentia também que Potter seria o único que poderia o fazer, mas ele estava tão longe… Estava em hogwarts protegido por dumbledore, o lorde das trevas havia o perdido novamente pelo tão comentado amor, uma droga de amor que a anos havia estragado cada vez mais sua vida.

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